domingo, 31 de maio de 2009

Minha reflexão

Esse post é uma resposta ao post abaixo "Duas tristes realidades"; portanto sugiro que leia o post supracitado a fim de que a presente postagem faça sentido.

Obs.: Gostaria de deixar claro que o que vou apresentar é apenas uma reflexão minha, sem expressar qualquer apologia a qualquer conduta; reconhecendo e respeitando - por experiência própria - as famílias dramatizadas pelos temas tratados anteriormente.

Após analisar dados e situações, refletir a respeito dos dramas das drogas e dos acidentes de trânsito, pude concluir que:
Se, por um lado grande parte da população jovem se dizima e deteriora, comprometendo o seu próprio futuro; por outro lado os jovens digamos "mais instruídos" (friso aqui que mais instruído não significa ser melhor posicionado econômico ou socialmente), supostamente, terão maiores e melhores oportunidades no ramo profissional, já que a concorrência será menor.
Penso que, talvez, o mundo "sobre" para os bem instruídos, podendo acarretar em uma divisão brusca da sociedade entre uma elite e os demais - flagelados.
Até certo ponto, julgo plausível esse raciocínio, haja vista que, se não houver uma mudança forte na educação e na cultura dos brasileiros, os jovens de hoje serão os adultos com traumas físicos e psicológicos de amanhã, provocados seja pelo uso de drogas, seja por acidentes de trânsito, ou ainda qualquer outro motivo decorrente do modo de vida vigente.

Lembro mais uma vez que isso é uma hipótese surgida na minha mente utópica, egoísta e influenciada pelo modelo capitalista que preza pela competição.

Enfim, leitores, peço a expressão de vocês. Por favor comentem as suas interpretações.
Abraços!

sábado, 30 de maio de 2009

Duas tristes realidades

Saudações, leitores!
Recentemente houve na escola onde estudo, duas palestras a respeito de assuntos que - infelizmente - já se tornaram corriqueiros nos noticiários, mais especificamente, de uma décadas para cá. Os temas tratados foram: a epidemia do crack e as mortes no trânsito provocadas pelo álcool.
Os palestrantes tiveram abordagens completamente diferenciadas das demais que eu já tivera assistido. Não foram exibidos os tradicionais tópicos causa e consequência, até mesmo porque os temas tratados vêm sendo discutidos há anos, e praticamente qualquer cidadão tem os conhecimentos básicos dos assuntos apresentados.

Na palestra sobre os acidentes de trânsito provocados, mais especificamente, pela alcoolização, a palestrante Prof ª Lígia (não tenho certeza quanto à grafia do nome) nos apresentou vídeos com cenas fortes, a fim de realmente chocar a quem assistia, pois talvez assim, mostrando situações absurdas onde a infeliz atitude de um indivíduo pode pôr em risco a vida de uma família inteira, onde carros são resumidos a ferragens, onde seres humanos - pais, filhos, irmãos, mães de família - são resumidos a corpos dilacerados; talvez assim, o jovem mude essa postura delinquente. A profª nos questiona "O que vira uma vida?"
Infelizmente, é facilmente notável a presença e o crescimento de uma conduta ilógica na nossa sociedade, atualmente. Um grande número de jovens - a maioria eu me arrisco a dizer - tem na mente a estúpida ideia de que, "para se divertir, é necessário beber, exageradamente". Beber até cair, até perder o juízo e tornar-se inconsciente das próprias ações. Ficar dependente de alguém, tendo condições físicas, emocionais e psicológicas para "ser dono do próprio nariz". Por que? Qual é a graça? - Esses são alguns dos questionamentos que eu faço a mim mesmo e àqueles que adotam essa conduta insustentável.

Se alguém discorda que não há razão para ter uma "filosofia" dessas, por favor, sinta-se livre para comentar e expor os seus "argumentos".

Em suma, foi essa a reflexão que a Profª. Lígia tentou provocar no jovens que a assistiam.

Já na palestra sobre o crack, o palestrante Tenente Dias da Brigada Militar não fez questão de explicar o que é o crack, quais são seus efeitos no corpo, etc. Não. O tenente se focou em tentar passar aos estudantes a necessidade de valorizar os bens que possuem, por meio de analogias, utilizando alguns vídeos e animações. Não os bens materiais, mas sim a família e os bons amigos que nos cercam. O palestrante estimulou os presentes a formar uma corrente contra o mal das drogas, em geral, a agir em grupo para combater essa fenda da sociedade. Ele estimulou cada um a assumir as suas responsabilidades, sejam elas quais forem.

Essa onda de provocar a introspecção - fazer a própria pessoa analisar a informação que esta recebendo para então, julgar como certo ou errado - parece estar funcionando.
Posso comprovar isso quando converso com pessoas mais velhas, pais e mães de família e esses, já têm uma preocupação quanto a "que mundo irão deixar para os seus filhos". E é nesse ponto que eu quero tocar.

Os pais se perguntam "Que mundo nós iremos deixar para os nossos filhos?".
Mas e a minha geração? Nós, os filhos, será que nos questionamos "Como vamos cuidar do mundo que ficará de herança para nós?". Será que estamos nos preparando para receber a responsabilidade dos nossos pais?

Felizmente, seu me embasasse no meu círculo social mais interno eu diria que sim.
Porém, basta expandir um pouco esse círculo, para notar que não, muitos jovens não estão se preparando para receber um mundo de herança.

Por que não? Basta se basear nos temas das palestras para encontrar as respostas.
Será que um jovem drogado, por exemplo, desde os 15 anos saberá administrar esse mundo? Saberá assumir responsabilidades?
Mesmo com efeitos colaterais de longo prazo comprovados cientificamente como a perda de memória, perda da capacidade de raciocínio analítico, incapacidade cardíaco pulmonar, dentre inúmeros outros? O índice de usuários de crack na população bruta do país dobrou para 0,8% em 5 anos. Nos últimos 2 anos, o número de envolvidos com drogas subiu alarmantes 269%.
Ou ainda, será que haverá adultos suficientes para tomar conta do legado? É um questionamento a se fazer, já que atualmente morrem 25 a cada 100.000 jovens, por acidentes de trânsito. Das quase 50.000 mortes anuais em acidentes de trânsito no Brasil, cerca de 50% delas envolvem o álcool e/ou demais drogas.

É uma realidade triste, camuflada quando exposta por trás de simples números e estatísticas. Mas basta procurar um pouco, para encontrar alguma família que esteja passando ou já tenha passado por um trauma como as drogas ou ainda, a perda de um ente em um acidente de trânsito.

Chamo-o então, leitor a mais uma introspecção sobre esses temas tão comentados, porém nem sempre considerados como deveriam ser.
Gostaria também de apresentar a minha própria reflexão a respeito desses temas, mas isso já é assunto pra outro post.

Pra quem quiser mais dados:
http://www.bauru.unesp.br/curso_cipa/artigos/4_transito.htm
http://www2.cidades.gov.br/renaest/detalheNoticia.do?noticia.codigo=115
http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=crack
http://saude.hsw.uol.com.br/crack3.htm

Think about! Abraços!